História

   Quem vê a Santa Casa hoje não imagina o longo caminho percorrido
   Inaugurada oficialmente em 30 de Setembro de 1928, a Santa Casa de Caridade e Maternidade de Ibitinga iniciou suas atividades sob a direção de uma Irmandade constituída por eméritos cidadãos ibitinguenses.
   Constituída sob a forma de uma associação hospitalar privada de caráter filantrópico, beneficente, assistencial e sem fins lucrativos, a Santa Casa de Ibitinga está imbuída em sua finalidade primordial de promover e assegurar o atendimento hospitalar, ambulatorial, de UTI e outros serviços que digam respeito à proteção da saúde das pessoas, em especial às carentes e mais necessitadas, por meio de cooperação, auxílio, manutenção de convênios e subvenções com a União, Estado de São Paulo e dos Municípios da microrregião através do Sistema Único de Saúde – SUS, bem como de demais pessoas físicas e jurídicas de direito público e privado, para a concepção, desenvolvimento e execução de programas, campanhas financeiras de levantamento de fundos e parcerias destinadas a suprir as carências da Entidade de forma adequada e a baixo custo, visando à consecução de seus objetivos sociais.
   A Santa Casa de Ibitinga adota como padroeiro São Francisco de Assis.
   Filantrópica por natureza, a Santa Casa de Ibitinga sempre contou com a ajuda da sociedade para manter o atendimento aos mais necessitados. Atualmente, a gratuidade do atendimento é mantida através de doações e de repasses, subvenções e convênios mantidos entre o Hospital e Entidades Públicas, através do Sistema Único de Saúde (SUS).
   Para conservar a dignidade e eficiência do atendimento médico-hospitalar, devido aos repasses do SUS que não cobrem os custos dos procedimentos médico-cirúrgicos, de internações e dos demais serviços hospitalares, a entidade esforça-se ao máximo para complementar os valores através dos auxílios do Governo Federal, do Estado de São Paulo e do Município de Ibitinga, juntamente com convênios firmados em conjunto com outras entidades privadas e promovendo eventos junto à sociedade.
   Hoje, a Santa Casa de Ibitinga, para poder continuar a prestar seus serviços e acompanhar os progressos da área médica, a exemplo de tantas outras Santas Casas pelo país, funciona através de um modelo de administração que envolve diversos departamentos, diferente da estrutura originada pela Irmandade que a fundou. A tendência das Santas Casas é evoluir junto com os novos modelos de gestão filantrópica, voltados para a sustentabilidade, pois são fundamentais aos serviços prestados à saúde nacional.

A origem das Santas Casas

   O nome “Santa Casa” refere-se a uma tradição principiada pela Rainha D. Leonor de Portugal, no final do século XV. Quando a peste bubônica, também conhecida como “peste negra” assolava a Europa, a Rainha – que sempre apoiara as letras e as artes, passou a dedicar-se a ajudar os mais necessitados. Vem daí o nome, muito conhecido no passado, das “Casas de Misericórdias”, cuja palavra carrega o sentido primeiro da piedade e da compaixão à felicidade do próximo. O primeiro Hospital das Misericórdias instalou-se num prédio doado por autoridades da capital portuguesa, vizinho à Catedral de Lisboa.
   Era mantido através de donativos da sociedade, recolhidos por religiosos nas ruas e distribuídos aos necessitados ao fim do dia. As Irmandades – grupos formados por pessoas distintas e caridosas preocupadas com as causas sociais – espalharam-se por todo o Portugal rapidamente. Tanto que, na época da morte da rainha fundadora dos princípios da primeira Santa Casa, toda cidade portuguesa era assistida por uma Irmandade. E como não poderia deixar de ser, tamanha tradição foi difundida a outras regiões do mundo através da expansão marítima.
   Assim, a descoberta do Brasil no ano de 1.500, tornou os brasileiros também participantes desta história. Costuma-se dizer que a primeira Santa Casa do Brasil foi fundada em 1543, na Capitania de São Vicente, então Vila de Santos. De lá para cá, sempre em favor dos enfermos mais necessitados, as Santas Casas foram as primeiras instituições a servirem de base para a criação de cursos de Medicina e Enfermagem no país. Hoje, há cerca de 2.100 Santas Casas em todo o Brasil, e mais de 309 em funcionamento no Estado de São Paulo.